Estado de São Paulo lança programa Alfabetização Ambiental

Iniciativa em parceria com as administrações municipais tem como objetivo conscientizar as crianças sobre os cuidados com o meio ambiente.

Na última terça-feira, 3 de dezembro de 2019, o centro da capital paulista recebeu 1.400 mudas de espécies nativas que foram plantadas por crianças do 2º ano da rede pública. A iniciativa, em parceria com a subprefeitura Sé e com a sociedade civil, faz parte do programa Alfabetização Ambiental lançado pelas secretarias estaduais de Educação e de Infraestrutura e Meio Ambiente.

Fornecidas pela secretaria estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, as mudas são predominantemente de espécies frutíferas de pequeno porte dos biomas Mata Atlântica e Cerrado. O plantio, que contou com a presença de 1.200 crianças, ocorreu em uma área total de 2.500 m² batizada de Bosque do Bem-Te-Vi. O nome foi escolhido por meio de um concurso entre os alunos da rede estadual das escolas da Região Central. As crianças escolheram entre nomes de pássaros paulistanos como sábia laranjeira, quero-quero, rolinha, beija flor tesoura, joão de barro, asa branca, pula pula e verão.

Grupo de crianças segurando mudas que iriam plantar em seguida no Bosque Bem-te-vi
Lançamento Programa Alfabetização Ambiental / Foto: André Nery – Divulgação SIMA

Além de contribuir com o reflorestamento, os plantios também têm o objetivo de simbolizar a fase de alfabetização dos alunos que concluem o 2º ano do ensino fundamental. O ano limite para alfabetização está previsto na Base Nacional Comum Curricular.

O Programa

O programa Alfabetização Ambiental traz uma mudança de paradigma nas políticas públicas ao unir projetos de educação e meio ambiente. A meta é envolver, ao todo, cerca de 50 mil alunos do 2º ano do ensino fundamental da rede pública estadual, em 128 municípios e 71 Diretorias de Ensino. Ao concluírem o processo de alfabetização, esses alunos irão plantar uma muda nativa de sua região e escrever um novo capítulo na história de sua vida e da natureza.

Com apoio técnico do Instituto Botânico, da Fundação Florestal e do Projeto Nascentes, os alunos plantam árvores de diversas espécies, nos biomas corretos e aprendem mais sobre a função daquela árvore.

Crianças plantando muda no Bosque Bem-te-vi
Plantio Bosque Bem-te-vi no Centro da capital paulista / Foto: André Nery – Divulgação SIMA

Bosques de Conservação Urbana

A Subprefeitura Sé é parceira do programa e trabalha para criar, em espaços urbanos, pequenas florestas heterogêneas com espécies arbóreas e herbáceas, nativas, endêmicas e atrativas para a fauna na região mais árida da Cidade. A medida visa reflorestar espaços degradados com o objetivo de ampliar a permeabilidade, captar águas da chuva, reconstituir habitats naturais e recuperar ecossistemas.

Este é o segundo bosque de conservação na área central. O local recebeu  mudas das espécies cabeludinha, araçá amarelo, araçá roxo, açoita cavalo, jerivá, tápia, tamanqueiro, pata de vaca, pau viola, ingá banana, sangra d´água e cereja do Rio Grande. Também estão previstos dois jardins de chuva onde serão transplantados 20 jerivás de 3 metros de altura.

O acesso às áreas será inicialmente restrito e cercado por gradis no padrão dos parques municipais. As visitas aos bosques serão autorizadas (via agendamento) para fins científicos, pedagógicos e culturais.

O solo será sempre permeável, devendo receber descompactação, correção, adubação (composto orgânico municipal) e camada de proteção (mulching) feita a partir de restos de podas de árvores e outros resíduos vegetais, com a intenção de permitir o melhor desenvolvimento das mudas plantadas.

A manutenção e manejo dos Bosques serão de responsabilidade da Subprefeitura Sé.

Fonte: Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo